Riscos psicossociais, liderança e eneagrama são tema da segunda palestra do grupo de RH da AEVAL frente às recentes alterações da NR-1

A AEVAL – Associação dos Empresários de Valinhos, através do grupo de RH (Recursos Humanos), deu continuidade esta semana, às palestras que abordam as recentes alterações na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho, e que trouxeram impactos significativos na forma como as empresas devem encarar o cuidado com o trabalhador, pois agora precisam ir além da simples identificação de riscos físicos e químicos e devem considerar também fatores psicossociais e organizacionais. Desta vez, a palestra enfocou o papel da psicologia na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.

Frantcesco Giuliani Zanutello, profissional com mais de 10 anos de experiência nas áreas de Segurança e Medicina do Trabalho e Gestão Administrativa, falou sobre a necessidade de os profissionais da segurança do trabalho atuarem de forma mais integrada com psicólogos, gestores e RH, pois o trabalho deixou de ser apenas técnico e passou a ser também humano, exigindo escuta, empatia e ações personalizadas.

Nesse aspecto, Zanutello destacou o papel da liderança nas empresas, que tem a responsabilidade direta na gestão do clima e dos riscos, formando cultura e moldando o ambiente emocional; causando impacto, pois seu estilo de liderança pode ser um fator de risco ou de proteção; e promovendo o equilíbrio técnico e emocional.

A pergunta nesse sentido é: como está o líder da sua empresa? Inspirando ou adoecendo? Segundo pesquisas, 96% dos líderes se sentem estressados; 33% se sentem cronicamente esgotados; e 57% dos jovens não querem cargos de liderança devido à pressão e sobrecarga.

Na segunda parte da palestra, Fábia Cruz, terapeuta e pedagoga, fez uma introdução ao Eneagrama, um sistema de tipagem de personalidade que identifica nove tipos de personalidade distintos, cada um com características, motivações e padrões de comportamento específicos, ferramenta utilizada para compreender as pessoas, suas interações e como gerenciam suas emoções, que pode ser usado para o autoconhecimento, a comunicação, o desenvolvimento pessoal, a gestão de conflitos e equipes e a seleção de pessoal. De acordo com Fábia, “o eneagrama ensina como a gente pensa, sente e age; e o desenvolvimento humano é o equilíbrio entre esses três pilares” e desta forma pode ser uma importante ferramenta no controle dos riscos psicossociais e organizacionais.