
Valinhos
se posiciona
como novo polo
de biotecnologia
e farmacêutica
no Brasil
Iniciativa da AEVAL une empresários, poder público e instituições de ensino na criaçãode uma Cadeia Produtiva Local no setor de maior valor agregado da economia global. Uma CPL (Cadeia Produtiva Local) não é apenas uma estratégia de crescimento econômico — é uma visão de futuro compartilhada.
É um pacto entre empresários, governo, educadores e a sociedade para transformar potencial em prosperidade. Em tempos de mudanças aceleradas e globalização, quem souber criar redes locais de confiança e colaboração sairá na frente. Valinhos está diante de uma oportunidade histórica. Ao consolidar uma Cadeia Produtiva Local em Biotecnologia e Farmacêutica, a cidade não só atrairá novos investimentos, como criará um novo ciclo de desenvolvimento sustentável e inteligente.
E isso só será possível com a participação ativa de todos os setores. A hora de construir esse futuro é agora.
Acesse o site do Programa Estadual de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas Locais - Programa SP Produz clicando na imagem ao lado.
Explore como o SP Produz vai alavancar as Cadeias Produtivas Locais em SP.
https://www.instagram.com/reel/C9DVi8AvgNj/?igsh=ZjNvcDEzMnBqNnF1

O que é uma
Cadeia
Produtiva
Local
Uma Cadeia Produtiva Local (CPL) é uma forma estruturada de organização econômica e produtiva
que reúne empresas de um mesmo setor ou setores complementares, localizadas em uma mesma região, com o objetivo de gerar sinergia,eficiência e inovação.
Numa CPL, todos os elos da cadeia de valor — desde a pesquisa, o fornecimento de insumos e equipamentos, passando pela produção, até a distribuição final de produtos — são fortalecidos e conectados, promovendo um ambiente de cooperação, aprendizado conjunto e desenvolvimento sustentável.
Diferentemente de uma simples concentração de empresas, a CPL busca integrar e articular os atores econômicos, envolvendo também instituições de ensino, poder público e entidades representativas,
criando um verdadeiro ecossistema de desenvolvimento local.

Para que serve uma
Cadeia Produtiva Local
A principal função de uma CPL é fortalecer
a competitividade das empresas locais e,
ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento econômico e social da região.
Ela serve para:
• Estimular a inovação tecnológica e a pesquisa aplicada;
• Aumentar a eficiência produtiva com compartilhamento de soluções e boas práticas;
• Criar e reter mão de obra qualificada localmente, em parceria com instituições de ensino;
• Atrair investimentos e abrir portas para novos mercados;
• Reduzir custos logísticos e operacionais, com maior integração entre fornecedores e clientes;
• Fortalecer o tecido empresarial e gerar renda e empregos qualificados para a população.
Como se constitui uma CPL?
A criação de uma CPL passa por algumas etapas fundamentais:
1. Mapeamento do potencial local - Identificar quais empresas e setores já atuam na região e têm afinidade produtiva
ou tecnológica. Ex: empresas de biotecnologia, farmacêuticas, fornecedores de insumos químicos, laboratórios, distribuidores, etc.
2. Mobilização dos atores-chave - Reunir empresários, entidades de classe como a AEVAL, representantes do poder público e instituições de ensino, como o SENAI.
3. Criação de um Comitê Gestor - Esse comitê será responsável por coordenar as ações, planejar os objetivos estratégicos e garantir a representatividade dos diversos setores envolvidos.
4. Elaboração de um Plano de Ação - Definir metas, prioridades e iniciativas concretas — como cursos técnicos, eventos de negócios, projetos de inovação, parcerias com universidades, melhorias regulatórias, incentivos fiscais, entre outros.
5. Formalização e Governança - A CPL pode ser formalizada por meio de termos de cooperação, convênios e até
associações ou consórcios, sempre com governança transparente, representativa.
e orientada a resultados.
O papel de cada ator:
Empresários
São o coração da CPL. Eles trazem as demandas reais do mercado, investem, contratam, inovam e ajudam a orientar a formação de talentos. Seu papel é colaborar ativamente na definição de prioridades, participar dos fóruns de decisão e atuar em conjunto para que a cadeia seja eficiente e competitiva.
SENAI e outras instituições de ensino
São os pilares da formação de mão de obra qualificada e da inovação tecnológica. O SENAI pode desenvolver cursos sob medida, laboratórios técnicos, incubadoras e programas de qualificação, sempre em parceria com as empresas.
Prefeitura e poder público
Cabe ao poder público criar condições favoráveis ao funcionamento da CPL, com políticas públicas, desburocratização, incentivos fiscais, infraestrutura adequada e articulação com outras esferas governamentais (estadual e federal). A prefeitura também pode facilitar o diálogo com órgãos reguladores e apoiar programas de desenvolvimento urbano e habitacional voltados aos trabalhadores das empresas do polo.
AEVAL e outras associações de classe
Associações como a AEVAL têm papel estratégico na articulação, mobilização e representatividade dos empresários. Elas ajudam a integrar diferentes interesses, consolidar propostas, facilitar o acesso a políticas de apoio, organizar eventos e rodadas de negócios, além de garantir a perenidade do projeto, independentemente de mudanças
políticas.
Benefícios da CPL para a sociedade em geral
A constituição de uma CPL em biotecnologia e indústria farmacêutica, como a que está sendo articulada em Valinhos, gera ganhos reais para toda a comunidade:
• Geração de empregos de qualidade com salários acima da média e oportunidades para jovens, técnicos e cientistas;
• Desenvolvimento urbano equilibrado, com menor dependência de setores de baixa produtividade;
• Fomento à ciência e inovação, aproximando a comunidade acadêmica das necessidades da população;
• Melhoria nos serviços de saúde e qualidade de vida, com mais acesso a medicamentos e tecnologias de ponta;
• Aumento da arrecadação municipal, sem necessariamente aumentar impostos, o que permite mais investimentos públicos em educação, infraestrutura e mobilidade;
• Fortalecimento da identidade regional, transformando Valinhos em referência nacional e internacional.
Benefícios da CPL para a sociedade em geral
A constituição de uma CPL em biotecnologia e indústria farmacêutica, como a que está Valinhos, cidade reconhecida por sua qualidade de vida e localização estratégica na Região Metropolitana de Campinas, vive um momento singular de transformação econômica e tecnológica. Em uma iniciativa inédita, liderada pela AEVAL (Associação dos Empresários de Valinhos) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação e o SENAI, o município iniciou oficialmente a articulação para criar uma Cadeia Produtiva Local (CPL) voltada à biotecnologia e à indústria farmacêutica.
A proposta, apresentada e amplamente debatida em uma reunião realizada no dia 25 de fevereiro de 2025 no SENAI Valinhos, tem ambição e estrutura para posicionar a cidade como referência nacional em um dos setores mais promissores da economia mundial. O encontro reuniu nomes expressivos do setor produtivo, representantes do poder público e lideranças acadêmicas, que compartilharam desafios, experiências e, principalmente, o desejo comum de construir um ecossistema industrial robusto, inovador e sustentável.
A reunião foi aberta por Adelmo Belizário, diretor do SENAI Valinhos, que destacou a capacidade da instituição em responder às demandas específicas da indústria local. O SENAI, com mais de um milhão de matrículas anuais no Estado de São Paulo, está preparado para adaptar sua estrutura pedagógica à formação de mão de obra especializada em áreas como microbiologia, biologia molecular, química fina e farmacotécnica. Carlos Coelho, diretor do SENAI Biotecnologia de São Paulo, reforço esse compromisso, apresentando a expertise já consolidada na capital e a possibilidade concreta de replicar essa estrutura em Valinhos com foco no desenvolvimento regional.
Coube a Luiz Gustavo Previtali, diretor de Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, destacar a essência da CPL: uma articulação sem viés político, sem protagonismos individuais, construída de forma perene, a partir das necessidades reais do setor produtivo. “Nosso papel é criar as condições para que o setor empresarial floresça e se integre.
A AEVAL cumpre aqui uma função estratégica de aglutinar forças, conhecimentos e interesses em torno de um projeto comum”, afirmou. Erwin Franieck, secretário da pasta, foi categórico ao declarar que Valinhos tem vocação natural para se tornar polo de biotecnologia e farma. “Temos localização privilegiada, capital humano qualificado, tradição industrial e agora, vontade política e empresarial para consolidar um arranjo produtivo de alto valor agregado”, declarou.
Na sequência, diversos empresários relataram suas experiências, necessidades e expectativas. Ulisse Sabará, da Concepta Ingredients, compartilhou sua trajetória de valorização da biodiversidade brasileira, transformando ingredientes naturais em insumos de alto valor agregado com atuação global. Alexandre Seixas, da Arese Pharma, trouxe à tona o problema da escassez de insumos e de profissionais especializados na região, barreiras que podem ser superadas com uma CPL estruturada. Ana Gabriela, da Contech, reforçou a urgência da inovação sustentável e da articulação entre empresas e centros de pesquisa para desenvolvimento de tecnologias patenteadas no Brasil.
Rafael Cossiello, CEO da NAT HOF e um dos idealizadores da proposta, traçou um paralelo com o caso de Franca, que se transformou em polo calçadista ao estruturar toda sua cadeia — da criação do couro ao design e logística. “Queremos fazer o mesmo aqui, na área da saúde e da biotecnologia. Isso exige visão de longo prazo, integração, e sobretudo, um pacto coletivo por inovação”, afirmou. A NAT HOF é referência em dermocosméticos para pacientes oncológicos e já desenvolve produtos com registro na Anvisa, à base de ativos naturais de alta performance.
Thiago Mares, da Bionovis, reforçou a importância de não tratar outras empresas do setor como concorrentes, mas como parceiros na construção de uma cadeia sólida. “Somos hoje o principal fornecedor de medicamentos biológicos para o SUS. Se a gente unir esforços com outras empresas daqui, poderemos formar profissionais, dividir estruturas, atrair investimentos e produzir soluções mais acessíveis à população brasileira.”
Outras falas, como a de Bruna Carvalho (CBO Laboratórios), Luis Tadeu (Star Flash e Bioline), Isabel Heredia (Grupo Ultrapan), Francisco Neves (Pronutrition), Eduardo Caritá (Funcional Mikron), e Dr. Izair Rodrigues (neurocirurgião), convergiram para os mesmos pontos: carência de mão de obra local, dificuldade com processos regulatórios, alto custo logístico e uma urgência por integração. Todos os participantes enfatizaram que a criação de um arranjo produtivo local robusto, com governança bem definida, é o caminho para superar esses desafios.
Um dos pontos mais simbólicos da reunião foi a percepção de que Valinhos já é, de fato, um polo de biotecnologia — só ainda não se reconhece formalmente como tal. Empresas com atuação nacional e internacional, com portfólio de produtos inovadores e base tecnológica de ponta, estão presentes no município, mas operam de forma isolada.
A CPL vem justamente para mudar esse cenário, criando um ambiente favorável à cooperação, à inovação aberta e à internacionalização. Como encaminhamentos, foi acordada a criação de um comitê gestor formado por representantes do setor privado, AEVAL, SENAI e Secretaria de Desenvolvimento, com a missão de mapear gargalos, identificar oportunidades e definir um plano estratégico de ação. Também será iniciado o desenvolvimento de cursos técnicos e programas de capacitação voltados ao setor, além de ações de sensibilização junto aos órgãos reguladores para desburocratizar processos e ampliar o acesso a recursos e certificações.
A iniciativa da AEVAL e seus parceiros representa mais do que um projeto econômico: é um movimento de posicionamento estratégico de Valinhos no século XXI. Ao abraçar a biotecnologia e a indústria farmacêutica como vocações centrais, o município aponta para um modelo de desenvolvimento baseado em ciência, inovação, sustentabilidade e impacto social.
E para os empresários, a mensagem é clara: quem participar desde o início terá um papel protagonista na construção desse futuro.
Empresas interessadas em integrar a CPL podem entrar em contato diretamente com a AEVAL ou com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação. Este é o momento de unir forças. Valinhos está pronta para deixar de ser apenas uma cidade promissora e se tornar, de fato, um polo de excelência em biotecnologia.
